terça-feira

Do maternal e do fortuito



Minha mãe passou quase uma semana aqui em SP comigo . Veio para ajudar a organizar minha ida para o Rio.
A bem da verdade, não me entusiasma nem um pouco a idéia de férias no Rio de Janeiro, em plena estação turística ( janeiro / fevereiro ) . Época em que a combinação calor, malandragem e multidões se torna absolutamente intolerável.

Não posso me abster de pensar na tranquilidade de que costumo -- ou costumava -- desfrutar em São Paulo nesse mesmo período.
Paulistanos e forasteiros pretensamente "in", espremendo-se nas areias das praias de São Sebastião, e a implacável paulicéia dos dias de lida , vazia, transfigurada. Poder fruir então de singelos prazeres : ir ao cinema, almoçar fora, andar até o Parque do Ibirapuera.
Nada de aturar gente desesperada por instantes de lazer. Nada de filas, nem flanelinhas pululando a cada esquina . Triviais, porém, indispensáveis prazeres.

Até a semana passada teria dito : "Só mesmo você, mãe, para me arrancar -- a fórceps, frisaria, impertinente -- de minha adorável rotina".
Não houve necessidade. O acaso se antecipou. Sacudindo , desordenando taurinas convicções.



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