São Paulo, hoje, sob frio atípico e eu hesitante entre pegar um avião para o Rio ou para Salvador.
Ir para o Rio agora, no nível de stress em que me encontro, não seria justo. Gostaria de rever minha família em condições físicas e mentais que me propiciassem fruir ao máximo de sua companhia. Saudade desse convívio.
Como muitos de minha geração, devo pertencer àquele grupo -- notoriamente, gauche :-) -- dos "adolescentes tardios". Saí de casa, outro dia... aos 32 anos...
Entre minhas certezas, uma é corroborada diuturnamente : não quero viver longe deles.
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Charge do LUTE, colega de nossa fiel colaboradora Margarida Hallacoc , no jornal "Hoje em Dia" :
Belo Horizonte, Sábado 09/02
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Mezzo Garoto-Bombril - Mezzo Patrícia Abravanel
Guilherme Fiúza, do NO., reforça o coro dos estupefatos brasileiros anônimos e criva seu
Ponto-de-Vista no "bravo" Olivetto :
"Constrangimento ao Vivo" - 08.Fev.2002 - ( Excertos )
(...) Pelo teor e o rumo do depoimento, pode-se concluir que o seqüestro foi só um mote, um "gancho" para que o Brasil conhecesse melhor Washington Olivetto. Bravo, doce e inteligente, ele também é, em seu auto-retrato, um homem do povo . (...) O problema talvez tenha sido os longos cinco dias entre a libertação e a entrevista. Às vezes, o melhor remédio contra a falta de autenticidade é o susto, que extermina os artifícios (...)
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" Que delíiiicia ser acarinhado assim ! "
Comentários de Dennis D. (Caderno Mágico...) acerca das declarações infelizes do "gênio criativo da propaganda" , W.Olivetto, durante a "entrevista-de-cúpula" que concedeu no último dia 7 . Excertos :
Quinta-feira, Fevereiro 07, 2002
Lavou... “tá limpo”! Ou... “Tudo como dantes no quartel de Abrantes”.
" (...) É... depois de todo o horror de um confinamento inumano, depois de todo o desespero e sofrimento que deve ter sentido, o publicitário Olivetto não parece ter extraído nenhum aprendizado relevante, filosófico ou moral, a partir de sua própria dor. Ao menos na entrevista coletiva que acabou de dar, ele demonstrou a desenvoltura cênic a de quem ainda lambe os beiços com as celebrações pagãs da mídia. No fundo, Olivetto é um sacertode das celebrações mercadológicas, e o ato que a imprensa registrou foi mais uma “missa ao deus do consumismo selvagem”.
Pensemos em quantas coisas sérias, importantes e preciosas ele poderia ter dito... mas, não! (...) Conclusão óbvia: a dor de ter sido violentado em seus direitos mais fundamentais não ofuscou o falso brilho de sua vaidade pessoal. Não disse ele que o longo confinamento o fez reavaliar aspectos e destinações da vida humana (...) Brincou, gracejou, e anunciou que irá fazer uma deliciosa viagem internacional... Parabéns, W. Olivetto! O aviltado povo brasileiro, confinado pelo medo e seqüestrado em seu direito de caminhar livremente pelas ruas... não tem meios de fazer deliciosas viagens internacionais (...) O senhor não aprendeu coisa alguma com a sua dor! "
Dennis D. - Caderno Mágico do Dennis
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